domingo, 22 de fevereiro de 2009

WebQuests: Oportunidades para alunos e professores

Em plena Sociedade da Informação e do Conhecimento torna-se vital o estabelecimento de estratégias de pesquisa e selecção bem delineadas, ao nível educativo e escolar, que permitam com facilidade, aos principais actores educativos disporem de informação fiável e rigorosa ao nível científico. A escola terá a obrigação de ajudar os alunos a distinguir claramente o lixo cibernético. E, na escola, cabe ao professor auxiliar o aluno a tirar partido das potencialidades da Internet mas de um modo criterioso, rentabilizando a informação e tirando proveito das suas ferramentas.
Umas dessas estratégias, as WebQuests, poderão funcionar como guião de um trabalho para alunos e suporte organizativo para professores.
Criadas por Dodge e March, como recursos da Web, afinal uma ferramenta tecnológica de ensino interdisciplinar, as WebQuests são actividades que orientam para a pesquisa, contextualizadas e motivadoras, realizadas em grupo. Envolve a Introdução ao tema alvo de estudo; seguindo-se a definição de uma Tarefa precisa; contendo as etapas a seguir, integradas num Processo; os Recursos que são as fontes pesquisadas; e os critérios que vão ser utilizados na Avaliação do trabalho. A Conclusão afere do sucesso da actividade, deixando em aberto novas aventuras na rede.
No entanto, esta estratégia de trabalho coloca alguns desafios a alunos e a professores.
A “geração.com” segundo March, olham para as WebQuest como uma proposta diferenciadora, pela diversidade que as tecnologias oferecem versus o carácter limitativo dos manuais e o desafio que essas mesmas tecnologias, continuamente, colocam.
Dodge e March salientam a importância do acrónimo proposto por Keller, ARCS: Atenção, Relevância, Confiança e Satisfação. Assim, uma WebQuest devidamente criada deve ter em conta, uma actividade que capte a atenção dos alunos através de um tema relevante, interessante e em que o percurso seja de confiança e que atinja sucesso na sua concretização. A actividade por ser realizada em grupo estimula a entreajuda, atenua as dificuldades individuais e promove a construção da personalidade do aluno. Possibilita ainda o tratamento de questões reais de um modo criativo, numa perspectiva multifacetada.
Enquanto processo de ensino e aprendizagem, Yoder defende que as WebQuests pela sua estrutura rentabilizam o tempo dos alunos, pois focalizam a utilização da informação, o poder de análise, síntese e avaliação. Por isso, March enquadra-se numa perspectiva construtivista.
É nesta perspectiva que se salientam quatro aspectos centrais, na sociedade do conhecimento: Pesquisa, Comunicação, Colaboração e Participação social. Estes aspectos, por um lado, contribuem para o desenvolvimento das capacidades sócio-cognitivas dos alunos (Monereo); por outro, para os professores, a preparação e organização do seu trabalho na concepção e desenvolvimento destas novas estratégias, torna-se um desafio.
Como oportunidade para os professores, as WebQuests ajudam a desenvolver novas competências, nomeadamente ao nível de materiais, comunicação interpessoal e colaborativa e ainda da avaliação e divulgação das aprendizagens.
Todavia, colocam-se problemas relacionados com a natureza e o tipo de actividade intelectual que o professor quer promover no aluno, por exemplo, o raciocínio e o uso correcto da informação disponível. Obriga à colocação de boas perguntas e ao acompanhamento cognitivo do aluno. Assim, estratégias como as WebQuests pretendem contrariar o ensino tradicional, de pura transmissão de conhecimentos baseados no tradicional manual por actividades mais desafiadoras para o professor.
Por outro lado, os recursos a nível das TIC têm-se generalizado, no entanto, ainda existe pouca ou má utilização desses recursos. Torna-se, por isso, necessária a formação continua dos professores, para a sua devida utilização de modo a tirar a máxima eficácia.
Como oportunidade para os alunos, essencialmente, na orientação de recursos de trabalho online, previamente seleccionados com qualidade; metodologicamente orientado (Introdução, Tarefa, Processo, Avaliação, Conclusão e Página do Professor) de modo a fomentar uma meta aprendizagem que contribua progressivamente para a autonomia do aluno. É também uma oportunidade para comunicar de modo adequado, permitindo o conhecimento e distinção das diferentes tecnologias. Por sua vez, o trabalho colaborativo implícito nas WebQuests rentabiliza resultados, que devem ser compilados e não compartimentados, por isso, desenvolve competências sociais e de auto estima, num verdadeiro sentido da aprendizagem em rede (Monereo).
O facto de disponibilizar os trabalhos online, responsabiliza os alunos, levando-os a adquirir competências de participação na vida pública.
Conclui-se, então, a importância das WebQuests para os alunos, por se tratar de uma excelente metodologia, no sentido de saber comunicar melhor e de saber trabalhar com os outros, procedendo a uma triagem mais seleccionada e rigorosa da informação obtida na Internet; para os professores, pelo desafio de inovar o modo de ensinar, como facilitadores do conhecimento, e de promover o construtivismo da aprendizagem, obviamente, centrada no aluno.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A WebQuest: evolução e reflexo na formação e na investigação em Portugal

A WebQuest: evolução e reflexo na formação e na investigação em Portugal
Decidi sintetizar este texto com o propósito de entender melhor o que é uma WebQuest e ajudar na elaboração da que estou a realizar em grupo. Surpreendi-me com o facto de existirem há cerca de dez anos, não sabia! Compreendi que a tarefa é a componente mais importante devendo, para tal, ser bem delineada; o processo diz respeito à orientação do trabalho.
Uma WebQuest exige conhecimento de um tema e a junção de três aspectos: pesquisa de recursos, sobretudo online, pressupondo selecção e avaliação da informação; a elaboração da tarefa e do processo a que subjaz uma construção de saberes que implica várias capacidades: análise, síntese, criatividade, decisão e entreajuda; utilizar a tecnologia pois o fim da WebQuest é a implementação online.
Devemos ter em atenção que nem todas as actividades são WebQuests, sobretudo, se nos limitarmos a aplicar apontadores para sites, reduzirmo-nos a conhecimentos factuais ou simplesmente a copiar ou a colar informação da Web. Pelo contrário, a WebQuest deve promover verdadeiras tarefas, motivando o aluno, desafiando-o na pesquisa de conhecimento, criando reflexões actuais e pertinentes, sempre em colaboração com os outros. É fundamental que a estratégia do professor seja articulada com a reacção dos alunos.
Actualmente, a WebQuest tem seis componentes: introdução (contextualiza a temática), tarefa (executável e envolvente), processo (etapas para atingir o desempenho final), avaliação, conclusão, (página do professor). A elaboração da tarefa é vital na WebQuest pois é nesta componente que se reúnem os aspectos fundamentais: análise, síntese, avaliação, resolução de problemas, criatividade. Marh (2003) refere que colocar problemas que facilmente se obtenha resposta na Web não é uma boa opção. Devem ser colocadas questões que obrigam a pesquisar várias fontes, relacionar a informação, promover a reflexão e deixar questões em aberto.
Quanto ao processo, a definição das etapas, as fontes a consultar e as ferramentas para a organização da informação são cruciais. Para tal, Dodge (1999) criou uma grelha com doze itens, que vai desde a definição das funções de cada elemento do grupo, a identificação das fontes, a orientação específica de como realizar uma tarefa até à adequação do vocabulário, a indicação das hiperligações, entre outras.
A avaliação distingue os critérios a nível individual e de grupo. A conclusão resume o que os alunos aprenderam, incentivando-os a novas temáticas. Deve também disponibilizar a informação para o professor.
Salienta-se a importância da definição da duração da WebQuest e que esta reúna o modelo ARCS de Keller “atenção, relevância, confiança e satisfação”. Antes de ser disponibilizada online deve ser avaliada utilizando-se para o efeito a grelha de Bellofatto e os Fine Points Checklist de Dodge.
Para concluir a compreensão deste tema, consultei vários sites sobre WebQuest.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

WebQuest

Pesquisei vários sites sobre WebQuest, um deles, que gostei, particularmente foi WebQuest: Um desafio aos professores para os alunos.

Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos recursos e ferramentas on-line aos LMS

Na introdução deste texto, a autora enquadra a preocupação da tutela (ministérios da educação, ciência e tecnologia), em promover e fomentar a utilização da Internet nas escolas, protocolando e associando outros organismos e instituições, como resposta à inevitabilidade da Internet no espaço digital intercomunitário, a todos os níveis. Já que o acesso à Word Wide Web é para todos, torna-se urgente, preparar o mais permaturamente possível as nossas crianças e jovens e formar convenientemente os professores de modo a acederem a um mundo de informação, irremediavelmente detentor do conhecimento humano.
Têm sido criados programas, projectos e iniciativas de modo a que muitas escolas recebam computadores, redes, Internet e formação para os professores. O objectivo é utilizar a tecnologia, integrando-a, pedagogicamente, na sala de aulas. Salienta-se a importância dos professores entenderem que é fundamental aprender continuamente, obter as ferramentas e conhecimentos digitais necessários, de maneira a serem os facilitadores da aprendizagem num sentido global. Devidamente preparados, abertos à inovação tecnológica, os professores devem apoiar o aluno, individualmente, com o objectivo de incentivar e promover a iniciativa, a autonomia e o desenvolvimento crítico, entre outros. Constatou-se já, a utilização da tecnologia num contínuo, da abordagem directiva à abordagem construtivista, centrada no aluno. Assim, surge o uso da Internet como o meio privilegiado de apresentar e partilhar o trabalho realizado.
O artigo faz três grandes enfoques: o primeiro, o emergir da economia do conhecimento em rede, evidenciando as dependências das conexões que exigem uma constante actualização. Assim, aliado ao conceito de conectividade surge outro, o conectivismo; o segundo, a senda da pesquisa e a diversidade de informação; o terceiro, as vantagens e as desvantagens de um Learning Management System.
Quanto à economia do conhecimento em rede, a autora partilha connosco, uma primeira constatação, que sociedade do conhecimento e economia do conhecimento estão relacionados. Em poucas décadas, passou-se de uma elitização para uma massificação do conhecimento digital. Em 2005, a Web 2.0 é vista como uma plataforma em que tudo é acessível, pois o software passa a estar disponível online, possibilitando a imediata edição e publicação, como o wiki, o podcast e o blog, tornando-se assim facilitadores de colaboração e partilha em rede. Por um lado, as tecnologias vão-se apurando; por outro, surgem questões a resolver como os direitos de autor e plágio; e a questão da avaliação em rede.
Relativamente aos conceitos de conectividade e de conectivismo; o primeiro tem a ver com o estar do sujeito na rede, para além da importância de estabelecer conexões entre as fontes de informação, destaca-se a criação de padrões utéis de informação que levam a inovações, fundamentais na economia do conhecimento; o segundo, Siemens tenta torná-lo uma proposta de aprendizagem para a era digital. É discutível, mas não deixa de ter fundamentação, ao defender que a informação está em constante mudança e que se torna vital distinguir entre informação importante e muito importante.
O segundo enfoque do artigo, vai para o novo desafio centrado na selecção da informação, tanto mais porque a informação online não é, muitas vezes, sujeita a uma avaliação prévia da sua qualidade. Saber pesquisar e avaliar a qualidade da informação são dois requisitos de grande importância. Aqui, é crucial o papel do professor. Neste ponto, têm surgido recursos na Web, que orientam os alunos para os sites e etapas a seguir, de uma forma apelativa e criativa como a Caça ao Tesouro e a WebQuest. Torna-se, fundamental, sensibilizar os alunos para a distinção entre citar e plagiar, promovendo a aprendizagem da análise, síntese e reaplicação correctas.
Muitas ferramentas podem ser utilizadas por professores e alunos, de um modo gratuito e de fácil publicação que contribuem positivamente para o estabelecimento de comunicação colaborativa entre todos, desde os bloggers ao youtube.
O último enfoque do artigo vai para as plataformas de apoio à aprendizagem, que disponibilizam, um número infindável de recursos, em diferentes formatos, através de ferramentas de apoio à comunicação colaborativa entre vários actores educativos. Uma das mais utilizadas e alvo de formação é a plataforma Moodle. Esta plataforma tem sido críticada, alguns questionam se a Moodle é uma moda ou um facto de inovação.
Questiona-se, então, a utilização das plataformas porque as ferramentas que as plataformas utilizam se encontram, gratuitamente, na Web. E também as duas grandes limitações na sua utilização; as funcionalidades especificas e as julgadas pertinentes pelo administrador do sistema que podem limitar as pretendidas pelo professor. No entanto, a facilidade de utilização é reconhecida por todos. Deve, portanto, seguir-se um período de avaliação da plataforma.
Conclui-se, alertando para a necessidade de existir um espírito aberto e adaptável às mudanças, envolver os alunos na aprendizagem, promover um espírito critico pois a Internet tornou-se “uma extensão cognitiva e um meio de sociabilização de grande magnitude, particularmente, para os jovens” Monereo (2005). “Uma das capacidades a desenvolver nesta era consiste em reconhecer a importância de aprender, devendo o sujeito estar sensível á mudança resultante de novas informações” autora, pois “as competências sócio-cognitivas são cada vez mais valorizadas e podem ser também desenvolvidas através da Internet (Monereo, 2005)- “a Internet é o tecido das nossas vidas” Castells.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nativo Digital

Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica.

Tal como solicitado, pela Profª. Maria João, li, atentamente, o texto "Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica", elaborando de seguida uma síntese ao mesmo com uma breve reflexão critica final.
Entendento como objectivo do texto, a sistematização de um conjunto de vertentes, de explicação dos blogs em contexto escolar como recurso e como estratégia pedagógica, comecei por aprender os conceitos de blog e de blogosfera. No contexto escolar, aqueles são criados e dinamizados por professores e alunos; quer a nível individual quer colectivo; focalizados ou transdisciplinares; desde o ensino pré-escolar ao ensino superior.
Em Portugal, o tempo total de navegação ultrapassou as 842 mil horas, uma média de 1h244m por utilizador(dados de 2004). Ao nível mundial os edublogs ultrapassam a prática pedagógica para se tornarem num dominio de estudo e investigação.
Como uma página na web, acualizado com grande frequência, através de posts que incluem mensagens e textos, o blog é, ainda,enriquecido com links para sites de interesse do autor, estruturado por uma ordem cronológica ascendente.
Existem blogs com vários tipos de autores: autores individuais que pretendem partilhar os seus interesses; autores institucionais com objectivos comerciais; e autores de grupos de pessoas. Os temas são diversos, desde os mais especificos aos mais genéricos, com intuitos diversos. Podem, por isso, ter como expressão uma natureza intimista ou uma procura de notoriedade ou, ainda, de divulgação de ideias. Os autores procuram, também, incentivar a participação de outros bloggers.
Quato à privacidade, se o autor quiser manter o seu blog na esfera privada é dificil, já que aquele se encontra alojado na Internet. No entanto,nalguns sistemas, o autor pode determinar o acesso apenas a internautas autorizados. O autor pode também, divulgar os seus blogs em directórios e motores de busca, tendo, por isso, um certo grau de visibilidade publica, decidida por ele próprio.
A criação e manutenção do blog pode acontecer a nível individual ou colectivo. Atribui-se sucesso aos blogs, sobretudo, pela facilidade de utilização, acrescida do facto de ser gratuito a todos os níves (criação, gestão e alojamento).
Enquanto recurso pedagógico, os blogs podem servir de espaço de acesso a informação disponível e especializada; enquanto estratégia pedagógica, podem servir de portfolios e espaços de intercâmbios, de debate e de integração de conhecimentos e saberes.
A utilização dos blogs na escola leva a evidenciar o papel dos alunos como leitores e autores dos blogs. É, fundamental, a orientação e o acompanhamento dos blogs por parte dos professores, pois a escola e as suas actividades ficam mais expostas à comunidade envolvente. Mas ao mesmo tempo abrem novas oportunidades, na envolvência com a comunidade. Assim, os blogs tornam-se espaço de comunicação que, por sua vez, leva ao desenvolvimento de competências (pesquisa, selecção de informação, produção de textos,...)e dominio das ferramentas da Web.
Por outro lado, os blogs conduzem a um espaço de acesso a informação especializada com temáticas curriculares e extracurriculares, correcta cientificamente e adequada aos diferentes níveis. Neste aspecto, cada professor deve avaliar o blog antes de o transmitir aos alunos, sobretudo, em temáticas delicadas.
Quanto aos blogs como espaço de disponibilização de informação por parte do professor, é este que cria e mantém o blog, devendo ter o cuidade de referenciar o seu conteúdo nas aulas.
Relativamente, aos blogs como portfolio digital, servem como forma de organizar as aprendizagens e como instrumento de avaliação, focalizado no produto e na processo e, ainda revelador de reflexão.
Os blogs como espaço de debate promovem a estratégia de role-playing, ou seja, de discussão de temáticas envolvendo diferentes grupos ou diferentes turmas.
Por ultimo, o blog como espaço de integração, pode ser extraordinariamente produtivo de relacionamentos interpessoais, permitindo processos de aculturação multicultural.
Num comentário final ao texto, refiro a utilidade da informação que obtive, já que desconhecia,por completo, tais possibilidades e que, o mesmo me motivou para a criação, na escola, de um blog na área socio-cultural. Vou promover a sua criação, junto de pares e da direcção já que aliado a todas as potencialidades mencionadas, acrece o facto de não envolver custos.
Agradeço a oportunidade de, através de uma leitura simples e acesssível, ter tomado conhecimento deste recurso e estratégia pedagógica.

Diana Monteiro

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sobre este blog...

Este blog foi criado no ambito da minha formação "Profissionalização em Serviço" na Universidade do Minho. Vai servir de suporte ao módulo de Tecnologia Educativa.