Na introdução deste texto, a autora enquadra a preocupação da tutela (ministérios da educação, ciência e tecnologia), em promover e fomentar a utilização da Internet nas escolas, protocolando e associando outros organismos e instituições, como resposta à inevitabilidade da Internet no espaço digital intercomunitário, a todos os níveis. Já que o acesso à Word Wide Web é para todos, torna-se urgente, preparar o mais permaturamente possível as nossas crianças e jovens e formar convenientemente os professores de modo a acederem a um mundo de informação, irremediavelmente detentor do conhecimento humano.
Têm sido criados programas, projectos e iniciativas de modo a que muitas escolas recebam computadores, redes, Internet e formação para os professores. O objectivo é utilizar a tecnologia, integrando-a, pedagogicamente, na sala de aulas. Salienta-se a importância dos professores entenderem que é fundamental aprender continuamente, obter as ferramentas e conhecimentos digitais necessários, de maneira a serem os facilitadores da aprendizagem num sentido global. Devidamente preparados, abertos à inovação tecnológica, os professores devem apoiar o aluno, individualmente, com o objectivo de incentivar e promover a iniciativa, a autonomia e o desenvolvimento crítico, entre outros. Constatou-se já, a utilização da tecnologia num contínuo, da abordagem directiva à abordagem construtivista, centrada no aluno. Assim, surge o uso da Internet como o meio privilegiado de apresentar e partilhar o trabalho realizado.
O artigo faz três grandes enfoques: o primeiro, o emergir da economia do conhecimento em rede, evidenciando as dependências das conexões que exigem uma constante actualização. Assim, aliado ao conceito de conectividade surge outro, o conectivismo; o segundo, a senda da pesquisa e a diversidade de informação; o terceiro, as vantagens e as desvantagens de um Learning Management System.
Quanto à economia do conhecimento em rede, a autora partilha connosco, uma primeira constatação, que sociedade do conhecimento e economia do conhecimento estão relacionados. Em poucas décadas, passou-se de uma elitização para uma massificação do conhecimento digital. Em 2005, a Web 2.0 é vista como uma plataforma em que tudo é acessível, pois o software passa a estar disponível online, possibilitando a imediata edição e publicação, como o wiki, o podcast e o blog, tornando-se assim facilitadores de colaboração e partilha em rede. Por um lado, as tecnologias vão-se apurando; por outro, surgem questões a resolver como os direitos de autor e plágio; e a questão da avaliação em rede.
Relativamente aos conceitos de conectividade e de conectivismo; o primeiro tem a ver com o estar do sujeito na rede, para além da importância de estabelecer conexões entre as fontes de informação, destaca-se a criação de padrões utéis de informação que levam a inovações, fundamentais na economia do conhecimento; o segundo, Siemens tenta torná-lo uma proposta de aprendizagem para a era digital. É discutível, mas não deixa de ter fundamentação, ao defender que a informação está em constante mudança e que se torna vital distinguir entre informação importante e muito importante.
O segundo enfoque do artigo, vai para o novo desafio centrado na selecção da informação, tanto mais porque a informação online não é, muitas vezes, sujeita a uma avaliação prévia da sua qualidade. Saber pesquisar e avaliar a qualidade da informação são dois requisitos de grande importância. Aqui, é crucial o papel do professor. Neste ponto, têm surgido recursos na Web, que orientam os alunos para os sites e etapas a seguir, de uma forma apelativa e criativa como a Caça ao Tesouro e a WebQuest. Torna-se, fundamental, sensibilizar os alunos para a distinção entre citar e plagiar, promovendo a aprendizagem da análise, síntese e reaplicação correctas.
Muitas ferramentas podem ser utilizadas por professores e alunos, de um modo gratuito e de fácil publicação que contribuem positivamente para o estabelecimento de comunicação colaborativa entre todos, desde os bloggers ao youtube.
O último enfoque do artigo vai para as plataformas de apoio à aprendizagem, que disponibilizam, um número infindável de recursos, em diferentes formatos, através de ferramentas de apoio à comunicação colaborativa entre vários actores educativos. Uma das mais utilizadas e alvo de formação é a plataforma Moodle. Esta plataforma tem sido críticada, alguns questionam se a Moodle é uma moda ou um facto de inovação.
Questiona-se, então, a utilização das plataformas porque as ferramentas que as plataformas utilizam se encontram, gratuitamente, na Web. E também as duas grandes limitações na sua utilização; as funcionalidades especificas e as julgadas pertinentes pelo administrador do sistema que podem limitar as pretendidas pelo professor. No entanto, a facilidade de utilização é reconhecida por todos. Deve, portanto, seguir-se um período de avaliação da plataforma.
Conclui-se, alertando para a necessidade de existir um espírito aberto e adaptável às mudanças, envolver os alunos na aprendizagem, promover um espírito critico pois a Internet tornou-se “uma extensão cognitiva e um meio de sociabilização de grande magnitude, particularmente, para os jovens” Monereo (2005). “Uma das capacidades a desenvolver nesta era consiste em reconhecer a importância de aprender, devendo o sujeito estar sensível á mudança resultante de novas informações” autora, pois “as competências sócio-cognitivas são cada vez mais valorizadas e podem ser também desenvolvidas através da Internet (Monereo, 2005)- “a Internet é o tecido das nossas vidas” Castells.
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