segunda-feira, 23 de março de 2009

Encerramento do blogue

Nesta data, dou por encerrado o blogue que fui construindo ao longo do módulo de Tecnologia Educativa, para a respectiva avaliação.

Reflexão final

Para além da aprendizagem que usufrui ao longo das aulas da disciplina, nomeadamente, a participação num fórum, a criação de um blogue e de uma webquest, analisei vários textos temáticos que deram origem a sínteses. Estas serviram de estudo e reflexão às temáticas. A construção das sínteses teve como objectivo a preparação do estudo para o exame final da disciplina. Daí, a extensão de algumas delas.

A disciplina Tecnologia Educativa veio ao encontro das minhas necessidades de formação na área das tecnologias. Estas poucas horas de formação despertaram o interesse em inovar as minhas metodologias, aplicando o que aprendi, no exercício da minha actividade docente. Penso criar Webquests na disciplina que lecciono e um blogue na área sociocultural da escola.

O interesse em alargar a minha formação nesta área aumentou. Por isso, vou continuar a investir neste tipo de formação, para melhor acompanhar os alunos, estimulando-os a novas práticas porque, acredito nas ferramentas cognitivas como um precioso auxilio na construção do conhecimento dos alunos.
Considero, portanto, esta formação muito positiva.

domingo, 22 de março de 2009

Encontro sobre Podcasts

8 e 9 de Julho de 2009
Universidade do Minho - Braga
Este encontro visa proporcionar um espaço de debate e de formação numa acção colaborativa entre todos os utilizadores e os que perspectivam a sua aplicação.

Diferenças entre Internet e WWW

Entende-se por Internet um conjunto de redes mundial de computadores interligados pelo protocolo TCP/IP. A Internet permite o acesso a vários serviços tais como a world wide web, transferência de ficheiros, o correio electronico, entre outros.
Como tal a World Wide Web (WWW) é um dos serviços que a Internet dispõe e que se traduz por um sistema de hipertexto global com infinitas hiperligações, que permitem ao utilizador uma navegação indeterminável.

Diferenças entre a Web 1.1 e a Web 2.0

A diferença entre a Web 1.1 e a Web 2.0 resulta do desenvolvimento exponencial da Internet. Actualmente, com a Web 2.0, qualquer utilizador pode produzir e editar páginas online, de um modo simples e interessante. Assim, o próprio utilizador é o produtor da informação.
Existem vários servidores que disponibilizam as páginas gratuitamente, mais uma vantagem relativamente á Web 1.1. que para ter um espaço na rede, procede a um pagamento.
E, não menos importante, são as ferramentas que a Web 2.o disponibiliza, tais como: Messenger, Hi5, Blogues, Wikis, Podcasts, entre outros; enquanto que, a Web 1.1 limita-se aos websites pessoais, double cklick e poucos mais.

Reflexão "Ferramentas de pesquisa intencionalde informação enquanto ferramentas cognitivas"

Na análise que fiz a este capítulo da obra de Jonassen, tomei consciência da importância de uma pesquisa séria e cuidada na WWW, distinguindo a utilização das diferentes ferramentas, no sentido do aluno passar de mero utilizador de espaços sociais e puro entretenimento para a construção do seu próprio conhecimento.
Compreendi a posição do autor quando centraliza a atenção na aprendizagem mais do que a utilização aleatória de textos e hiperligações a vários sitios da Web. E, a sua preocupação em defender que a World Wide Web apenas constitui um apoio para a aprendizagem, quando o aluno sente necessidade de encontrar informação. É nesta necessidade de procurar informação, que o aluno deve pesquisar, intencionalmente, a Web. Para tal, precisa de ferramentas e métodos que apoiem essa pesquisa.
Baseada na análise pormenorizada que consta da síntese que postei, anteriormente, neste blogue, concluo que a navegação social, os motores de busca e os agentes inteligentes são ferramentas cognitivas porque são resposta a um objectivo intencional de satisfação de uma necessidade de informação. Para além disso, como a ferramenta tem alguma forma de inteligência é, manifestamente, uma forma de pensamento.

Ferramentas de pesquisa intencional de informação enquanto ferramentas cognitivas Jonassen Capitulo 9

Neste capítulo “Ferramentas de pesquisa intencional de informação enquanto ferramentas cognitivas”, o autor defende que as ferramentas cognitivas, auxiliam os alunos, aquando da construção do conhecimento, a compreender melhor a informação. São, por isso, ferramentas de construção de significados.
O autor defende que a World Wide Web é uma ajuda preciosa na aprendizagem se os alunos a pesquisarem de modo a suprir uma necessidade de informação. A intenção de satisfazer essa necessidade direcciona a aprendizagem, mediante suportes na pesquisa informática. As ferramentas e os métodos são, por isso, alvos de atenção por parte de Jonassen.
Por WWW entende-se um sistema de hipertexto global com recursos a textos, a multimédia e a hiperligações. Ted Turner pretendia um hipertexto que englobasse todo o conhecimento mundial (Xanadu). De certo modo, a World Wide Web corresponde a essa pretensão já que se trata de um hipertexto a nível mundial.
Com o desenvolvimento dos computadores e microprocessadores a WWW está a tornar-se uma enorme base de conhecimento hipermédia.
Um problema identificado é que os alunos ao utilizarem o hipertexto perdem-se no hiperespaço através das variadíssimas hiperligações possíveis, perdendo o objectivo de aprendizagem, não compreendendo também o que descobrem.
Então, por detrás da Internet, tem de estar intencionalidade. A pesquisa deve ser focalizada no sentido de ir construindo significados.
As ferramentas e métodos descritos neste capítulo de Jonassen são três: navegação social, motores de busca e agentes inteligentes.
Trata-se de navegação social quando existe indirecta ou directamente a intervenção dos utilizadores da informação. Enquanto a navegação social directa tem a ver com um grupo de indivíduos com interesses comuns que partilham ideias e recursos; a indirecta, tem a ver com os percursos de utilização de um dado grupo de utilizadores, contadores de visitas que informam as frequências de acesso à informação.
Existem várias modalidades nas comunidades discursivas, desde serviços que apoiam grupos de discussão com interesses específicos até milhares de salas de chat, de domínios multiutilizador (MUD), e destes orientados para um objectivo específico (MOO) que ligam uma imensa comunidade de utilizadores. Verifica-se, ainda, a construção de páginas cheias de hiperligações para tópicos de interesse, devidamente seleccionadas e avaliadas para certas comunidades e pessoas que pesquisam na Web, como é o caso das tecnologias educativas.
Dieberger (1997) preocupou-se com a criação de locais de navegação social que definem os tipos de interacção social que ocorrem no seu interior. Daí, ter construído o Juggler, um cliente baseado no HyperCard que liga os alunos a um MOO. Estes navegam no MOO, encontrando a informação e recursos em salas diferentes. Sempre que o Juggler encontra um URL acede, automaticamente, a essa página da WWW e carrega-a para o programa de navegação do Netscape.
O Juggler também permite ao utilizador, definir ou assumir diferentes personagens, o que permite a qualquer um ser automaticamente direccionado para a pagina dessa personagem, sempre que se encontra na MOO.
Relativamente, aos motores de busca, sendo a World Wide Web, uma enorme base de dados de informação sem estrutura ou organização e contendo informação relevante mas também irrelevante, torna-se fundamental, encontrar a informação necessário ao utilizador.
O recurso aos motores de busca é uma preciosa ajuda para encontrar os sites adequados. O motor de busca é constituído por uma base de dados na WWW, as ferramentas da base de dados. Por vezes, confundem-se directórios com motores de busca.
Os directórios como o Yahoo são bases de dados numa estrutura hierárquica; a classificação dos itens é feita por categorias assuntos (tal como acontece numa livraria) que, por sua vez, permitem a ligação a vários sites da Web; com acesso à visualização de imagens, à explicação de conteúdos e onde os mesmos podem ser encontrados.
Os sites incluídos são analisados por utilizadores que a seguir os agrupam nas categorias devidas. Daí, a facilidade em encontrar informação na Web.
Qualquer pessoa, pode incluir uma página Web num directório. Basta que envie um pedido ao directório em que sugere a categoria desejada. A página é examinada pelas pessoas que trabalham no directório, que decidem a sua inclusão ou não, assim como a sua classificação. Como se trata de um processo moroso e trabalhoso, apenas uma pequena parte dos sítios figura nos directórios.
Para uma pesquisa mais aprofundada é necessário um motor de busca. Estes são bases de dados mas a sua compilação é feita por programas informáticos, não existindo qualquer avaliação humana das páginas nem a estrutura hierárquica que acontece nos directórios. Exemplos de motores de busca: Alta Vista, HotBot e Lycos.
Cada um destes motores trabalha em programas designados por robôs (spiders ou crawlsers) que viajam pela Internet, com acesso a páginas Web, com hiperligação e informação sobre cada página visitada. Estas informações estão organizadas numa base de dados para estarem facilmente acessíveis.
Os robôs possuem diferentes velocidades, pesquisando em todo o texto de uma página Web, outros os títulos, outros incluem o código oculto da página na informação que recolhem. É também o robô que segue a hiperligação de outras páginas que já conhece. Por isso, as páginas listadas por cada motor de busca podem ser diferentes.
Basta uma palavra ou frase que o motor de busca faz a ligação a vários sítios que contêm essa palavra ou frase.
O funcionamento de cada motor de busca difere em forma, em ordenação de relevância, podendo alterar a sua estrutura e potencialidades. Não existe qualquer avaliação humana dos sítios da Web que possibilite a separação entre os conceitos pesquisados, traduzindo-se pela simples correspondência de séries de letras.
Segundo Jonassen, os motores de busca são uma ferramenta cognitiva porque promovem o pensamento reflexivo, pois leva a que o aluno avalie e reflicta sobre a informação encontrada., envolvendo um longo ciclo de pesquisa.
A utilização de um motor de busca conduz ao objectivo previamente seleccionado na pesquisa, mas também a outros, que vão surgindo, sequencialmente, na pesquisa e que despertem outras atenções e enfoques, através de hiperligações a outros sitos
Quanto aos agentes inteligentes, programas informáticos que operam como agentes prestam ajuda aos alunos, porque filtram e avaliam a utilidade da informação, transmitindo só a informação necessária. Aqueles, regularmente, verificam os recursos, identificando e resumindo a informação relevante ao aluno.
Existem vários agentes inteligentes: os agentes autónomos (executam e monitorizam actividades do utilizador), o “meeting scheduler” (agenda de reuniões) os agentes de recolha (seleccionam vários métodos para procurar a informação mais relevante).
Estes agentes inteligentes são também uma ferramenta cognitiva porque possuem inteligência. O utilizador controla os objectivos e as acções do agente, mas delega com responsabilidade nos agentes a sua representação.
O Web Browser Intelligent Agent (Webby) adiciona a inteligência do agente a um navegador, tornando possível que os utilizadores recordem onde estiveram na Web e aquilo que encontraram. O Webby recorda qualquer palavra, assimilando as preferências e os padrões de pesquisa do utilizador.
O knowledge Utility (KnU) recolhe e gere de um modo inteligente a informação. Possibilita interligações de diferentes conhecimentos interdisciplinares.
O correio electrónico é outra grande fonte de informação. Recorre à inteligência acente em regras, para categorizar e agir sobre as mensagens.
Os agentes inteligentes aligeiram o trabalho do aluno de modo independente, com a informação de que o trabalho está finalizado. O maior interesse intelectual é que o aluno reflicta e articule as necessidades de informação de modo compreensível, criando uma parceria intelectual entre a tecnologia e o utilizador.
O treino da utilização de pesquisas intencionais na sala de aula obedece a etapas fundamentais: o estabelecimento de um plano (ex: que objectivos de aprendizagem quero atingir?); a utilização de ferramentas ou estratégias para pesquisar a WWW (ex: a estrutura e as funções dos motores de busca);a avaliação da utilidade da informação; a utilização de fontes secundárias; a avaliação da informação de forma crítica; a recolha da informação e a utilização para o fim pretendido e a menção da autoria; a reflexão dos alunos sobre a actividade.
A pesquisa intencional por ser intencional faz apelo ao pensamento crítico, criativo e complexo, sobretudo, quando se relaciona com a avaliação da informação. Mas, sem conhecer a natureza das intenções da pesquisa é difícil de saber as competências invocadas. As competências de análise, também, devem ser utilizadas pois os agentes inteligentes transferem para o computador quase todas as competências de pensamento crítico, conferindo àquele, actividade cognitiva.
A navegação social e os motores de busca servem-se de competências de síntese no processamento da pesquisa. Não são quase necessárias competências de pensamento complexo para a pesquisa intencional, pois esta é baseada em regras.
Assim, a pesquisa intencional é um meio para alcançar um fim. Trata-se de um processo importante que os alunos utilizam para os ajudar a construir as suas bases de conhecimento, pelo que apoia outras ferramentas cognitivas.
O autor julgou útil considerar o computador um facilitador no processo de construção do conhecimento. As ferramentas de pesquisa intencional de informação são, portanto, um auxiliar precioso para os alunos encontrarem a informação que precisam para melhor representarem as suas ideias.
Conclui-se que, relativamente às pesquisas intencionais:
A idade e a capacidade dos alunos podem tornar a pesquisa mais eficaz.
As pesquisas intencionais proporcionam uma enorme quantidade de informação.
Apoiam a construção de significados quando respondem às necessidades de informação dos alunos.
No entanto, as pesquisas intencionais, têm limitações: as diferenças entre os vários motores de busca podem não ser facilmente aprendidas; os diferentes motores de busca estão a tentar tornar a pesquisa mais simples, podendo tornar o pensamento do aluno menos complexo; não representar o conhecimento como as outras ferramentas; e, não podem ser acumulativas, não há hipótese de guardar e voltar a visualizar uma pesquisa em si.
O que torna a navegação social, os motores de busca e os agentes inteligentes ferramentas cognitivas é o facto de responderem a um objectivo intencional para responder a uma necessidade de informação e a ferramenta representar uma forma de pensamento.